terça-feira, 30 de setembro de 2014

Vinte e quatro

Vinte e quatro anos. Parece que semana passada eu tinha quatorze. Ainda me lembro daquela sala de aula da sétima série. Os colegas, os professores, o bullying e a puberdade. Eu odiaria ter quatorze anos agora. Essa é uma época terrível da vida. 

Mas é que passou tão rápido! Não deu tempo nem de me livrar dos traumas. Meu cabelo caiu, minha barba cresceu. E apesar de todo mundo insistir em dizer como eu sou novo, é difícil não me sentir estranho. 

Ainda me pego querendo ser um super-herói ou ganhando Oscars no chuveiro. Eu sonho acordado o tempo todo, e tenho medo das coisas mais banais. Eu adoraria ser criança agora. É uma ótima época da vida.

Ou será que é só nostalgia? Minha infância não foi esse mar de rosas todo, mas definitivamente é melhor do que ser adulto. Aliás, nem sei se eu sou adulto! O que eu vejo no espelho é muito diferente do que eu sinto.

Eu penso todo dia nas coisas que quero ter. Penso e choro. Me sinto frustrado e fracassado. Mas tem uma coisa que eu quero de presente nesse aniversário: amor. Quero amar mais, ter mais compaixão e empatia. Parar de sofrer por mágoas e deixar as coisas no passado.

Quero amor. Obrigado, e mais por favor.

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